segunda-feira, 1 de junho de 2009

Saudade dos meus quatro anos

Eu não sou, nem quero ser uma mulher maravilha. Não quero ter vida dupla, não quero ser heroína, não quero me sentir gorda, não quero me sentir incompetente, não quero que reclamem dos meus erros, não quero ter que pagar contas e ser lembradas daquelas que não paguei, não quero ser um ombro amigo e ouvir os problemas dos outros, não quero ser gentil aos que me ligam, não quero lavar a louça, não quero alimentar os peixes, não quero dar licença, não quero comprar sapatos novos, não quero pensar na minha roupa, não quero pentear meus cabelos, nem escovar os dentes.

Só uma vez mais, eu queria que alguém me pusesse no colo, me abraçasse, e me disse pra eu não chorar.

"Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração
Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem jamais"

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